Pensamento...

A vida é uma janela que se abre no sem fim do Tempo.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O AMOR MORA NO ALTO



O amor habita essa cabana
Que pintei de um branco muito branco
E revesti  de safiras, rubis e alabastro
A cabana fica no gume da montanha
Para que os olhos dos homens
Quando buscam o amor
Sempre olhem para cima.

O amor vive dentro dessa cabana
Mas portentoso que ele é
Num ímpeto que lhe rasga a parede frágil
E se coloca do outro lado do mundo.
É que ele é denso, absorvente
Envolve e revolve aquele a quem abraça.
Sinto-o no gume da montanha
Quase ao meu alcance,
Que só uma polegada nos separa.

Mas eu quero vê-lo e senti-lo
Com os meus olhos buscando
O cume das montanhas.
Do amor rejeito o declínio,
Dai que subir a montanha
É imperativo de quem
O reconhece sublime, luminoso
Irradiante no sonho.

Encanta-me pressentir-te
Quiçá devorar-te,
Mas tal só acontece
Nesses instantes
Que nunca podem ser muitos
Em que te soltas de ti mesmo
E te me dás desinteressada
Nesse amplexo que é feito
De carne e indizível sentir.

ANTOBER

quarta-feira, 11 de julho de 2012

BRASIL

DEDICADO A TODO MUNDO POETICO DO PAIS IRMÃO


De ti Brasil, chegam-nos ternas ressonâncias
De tempos idos, de egrégias gentes
Chegam-nos tornadas gratas fragrâncias
Do radioso emergir de fecundas sementes

Desta extrema ocidental da Europa
Deste torrão que no tamanho não é gigante
Oceânica mensagem nos trás à doca
Mensagem assaz cara, ainda que distante

Desse País imenso feito continente
A força da palavra ostenta sua razão
O mesmo idioma o fala toda a nossa gente
Elo de fraternidade que nos torna povo irmão

Sobre ti , Niterói, ouve-se ao longe
Inspirado canto de poetas e trovadores
Não por força saído do casto monge
Mas feito da palavra certa desfeita em flores

Deste encontro há muito sonhado
Muito se espera do lusitano idioma
Por escribas e poetas há muito caldeado
Dele se orgulham os que o adoptaram
Nascido para crescer, correr mundo
E por gentes sem conta ser falado

O nosso fraterno abraço

Olema e Antonius

(Lamentando muito a impossibilidade de estarmos presentes)