Amo-te até à exaustão
E tão sinceramente
Que sinto acesa na mente
Indómita sede de união.
No esconso do meu sonhar
Há eterna fome de dar
Bem mais do que receber
Porque o amor não tem medidas
Se as tem foram vencidas
Por aquele que sabe amar
O amor em mim é madrugada
É réstia de tempo alada
É queda de água nascente
A falar-me do Principio
Do amor fecundado
E no eterno feminino calor
Saído à luz do dia
É ave que não tem asas
Mas esquilo capaz de voar
Com a alma te devorar
Amar é dar a mão
Matar a sede na união
É mais dar que receber
É a lava ser do vulcão
Antonius
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