-Proíbo-me de te não recordar
De te não ver tal qual és
Te não auscultar da fronte a lucidez
De te não adivinhar arguta a mente.
-Proíbo-me de não sentir teus passos
De te não ver no passo largo e másculo
De te não recordar o vibrante encanto
Na riqueza humana que jorrou de ti
-De esquecer o sensível que és, proíbo-me
Como de esquecer o belo que conheceste
Na arte na amizade e no amor estou certo
Que tempo tiveste para sentir de perto.
-Não me perdôo que um dia passe
Sem que pensar em ti passe também
Não consinto que em mim cesse
Esse Filho que foi para mim Alguém.
-Memória de ti guardarei sempre
Na busca perene da verdade
Pensar em ti é firmar na mente
A sede que há em mim de Eternidade.
Antonius
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