Nos céus deste Lusitano rincão
Pairam nuvens negras, cúmulos cerrados
A prenunciarem inclemente borrasca
Sendo ainda dia faz-se noite
Que o sol, esse fazedor de vida
Qual guardião dos dias de sempre
Parece prometer ao homem
Vergastada solene, merecido açoite.
Nos céus deste rincão velhinho
Parece ter o homem perdido o norte
Incapaz de seguir o seu destino
Feito um tornado em desatino
Reclama de outros a sua sorte.
Num passado glorioso fundeada a ancora
Rumou para a frente sempre altaneiro
Não consintamos nós, filhos deste tempo
Que espúria rajada de inusitados ventos
Leve a pique o sonho do Infante marinheiro
Antonius
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