Pensamento...

A vida é uma janela que se abre no sem fim do Tempo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

DESNORTE


Nos céus deste Lusitano rincão

Pairam nuvens negras, cúmulos cerrados

A prenunciarem inclemente borrasca

Sendo ainda dia faz-se noite

Que o sol, esse fazedor de vida

Qual guardião dos dias de sempre

Parece prometer ao homem

Vergastada solene, merecido açoite.

Nos céus deste rincão velhinho

Parece ter o homem perdido o norte

Incapaz de seguir o seu destino

Feito um tornado em desatino

Reclama de outros a sua sorte.

Num passado glorioso fundeada a ancora

Rumou para a frente sempre altaneiro

Não consintamos nós, filhos deste tempo

Que espúria rajada de inusitados ventos

Leve a pique o sonho do Infante marinheiro

Antonius


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