segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Lusitanos Poetas
Parafraseando o poeta Andaluz
Ou arrebanhando-lhe a intenção
Eu canto os poetas,
Os poetas Lusitanos de Agora
No remanso das ideias que lhes assomam
Na palavra transparente
Que deixa passar a verdade que sentem
Aceitando do outro
A verdade que supostamente não tem que ser a sua.
Neste enlevo poético
Se assim o posso chamar
De novo eu direi
Que canto os poetas,
Os poetas Lusitanos de Agora.
Mas não no fingimento
Na palavra insidiosa
Feita mortífero aguilhão
Mas antes sem rodeios e sem aleivosias
Um hino ao amor e à amizade
Afinal um hino ao belo
Que de mil e uma formas
E outras tantas pétalas
Se derrama sobre o desfiladeiro de sensibilidade
Que se não queremos negar-nos
Fatalmente somos
E que inevitavelmente
Passa também pela amargura
Pelo sofrimento
Que às vezes não tem limites.
Enquanto assim
Desabrocha em mim
O desejo de ser poeta
Ainda que pelo desejo me fique.
Naquilo que será um magnífico sonho
Eu cantarei com desassombro
Os poetas,
Os poetas Lusitanos de Agora.
Antonius
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