domingo, 17 de novembro de 2013
O TEMPO PERSEGUE-ME
Eu sou aquele que vem de longe
Perdido no deserto do tempo
Tempo que fez património seu.
Eu sou de mim o mistério sem medida
Labirinto de que não vejo fácil saída
Mas remédio de mim exigindo que seja
Sou filho da alvorada
De sonho sonhado na nascente daquele que sou
Do amor que desabrochou
No ventre da mãe que o trouxe à luz
Sou a força que leva em si
O pouco que me faz e me cerceia
Um nada que o não sendo, brota de um outro que o precede
Convertendo a minha fragilidade
Numa quase omnipotência
Quando ouso aventurar-me ao âmago do meu ser
Logo me pergunto quem sou
De onde venho e que destino me acena
Lá longe da banda de lá do deserto
De onde me chega o tanger dos sinos da eternidade
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