NEM SEMPRE A RAZÃO
Albufeira poderosa
De minhas energias ditadora
Ressoa dentro de mim
Força impiedosa
De mil sonhos portadora.
Feita senhora do meu querer
Tantas vezes fonte do meu sofrer
Mas mais ainda assim o quero
Razão do meu viver.
Quimérica dualidade
No meu pensar se passeia
Divagando, perambulando
Ora aprontando-me o norte
De luzente presságio anunciadora
Ora outra sorte me ditando
De novos desígnios senhora
Na incerteza me deixando.
Por incúria ou intenção
Tensa nas horas mortas
Eu deixo a força à razão
Mas mais ainda ao meu impulso
À força incontornável da emoção.
Antonius
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