segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
A OUTRA METADE DE MIM
Tu és aquela que me apascenta
E mata a sede que há em mim
Tu és primícia, etéreo enlevo
Fonte primeira do ser
És cascata densa, em vertigem
Que se esconde nos mistérios da montanha.
Tu és o sonho que me acalenta
Mas às vezes desperta, enfim…
Áurea fonte que me dessedenta
Cristalina, nata nas profundas da terra
E emerge em tufos de alecrim
Tu és aquela que me arrebatas
No lusco-fusco da aurora
Epiderme da ternura que me envolve
Envolta em túnica de cetim
És lírio da montanha
Terra que o homem já não amanha
Apenas porque és
A outra metade de mim.
Antonius
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