NUVEM SONHADORA
Como te invejo nuvem altaneira
Que caminhas suave no teu deslizar
Do peregrino matizada vieira
És sombra esquecida, fresta de luar.
Como te invejo crepuscular donzela
Buscando o meu querer no grito do mar
Sugeres-me da noite ser sentinela
Do amor maior que tenho para dar.
Fogosa, não há para ti fronteira
Por isso és livre no teu adejar
Do homem cansado tu és a esteira
Deixa que é tempo de ele descansar.
Sê doce e meiga, pressa não tenhas
Procura o teu ímpeto dissimular
A sede que tens, no bom senso a retenhas
Olha que é tempo de ele descansar
Antonius
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