Estranha sombra
Esta noite aconteceu
O que nunca sucedeu
Ali junto ao Pelourinho
Quando eu lesto caminhava
E a lua me afagava
No tortuoso caminho
Uma sombra na minha frente
Caminhava velozmente
Sombra que era a minha
Até ai nada de novo
Nem o dizer soez do povo
Comentários a fazer tinha
De repente num repelão
Pára-se-me o coração
Com bons motivos para tal
É que vinda de lá para cá
Sentindo coisa má
Vem uma sombra sozinha
Sozinha já que ninguém
Por detrás da mesma bem
Vulto que lhe dê razão
É uma sombra e só ela
Sem ninguém por detrás dela
A servir-lhe de guião
Quando me cruzo com ela
Sinto acender-se uma vela
E que a sombra é mesmo minha
Deveras desatinado
Fico quase desmaiado
Ao ver mesmo que sou eu
Vejo-me regressar ao passado
Um tempo há muito levado
Mas um tempo que foi meu
Antonius
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