Pensamento...

A vida é uma janela que se abre no sem fim do Tempo.

sábado, 30 de outubro de 2010

No estertor de uma sociedade

No estertor de uma sociedade

Decorridos quase quarenta anos sobre a denominada revolução dos cravos, conclui-se por um lapso de tempo que se aproxima a passos de gazela do tempo de vida do famigerado estado novo. É que ninguém segura o tempo e se o tempo do estado novo foi uma eternidade, igual eternidade decorreu desde a dita revolução, de que se não vê terem emergido resultados que honrem com significativa energia a caminhada deste pais para a modernidade.
Considerando apesar de tudo que a mudança se impunha e que algo de positivo resultou, são tantas as cicatrizes e as equimoses ainda em carne viva vividas pelo nosso povo, que se não nota neste um convincente entoar de loas à governança (sucessivas governanças), que tem conduzido este país. Tem sido flagrante a falta de senso, de previsão de situações, por reconhecimento da nossa efectiva pequenez (já lá vai o tempo do império) a mais que visível ausência de condições para a ostentação de um nível de vida acima das nossas posses, escandalosamente estimulado por Instituições nisso interessadas e com a complacência de plêiades governantes sempre incapazes de verem à distancia. Penso que o facto de sermos um país pequeno não teria nem tem que nos forçar a uma atitude de continua subserviência perante os maiores. O tempo do poder dos grandes está a ser ultrapassado, pelo que não temos que abdicar das nossas responsabilidades num mundo novo e forçosamente mais justo que ao longe se anuncia em que os pequenos terão respeitável lugar, e em que temos que acreditar.
Quero terminar sublinhando que quero acreditar que caminhemos para uma sociedade em que o dinheiro terá apenas a importância que tem e não a inflacionada pelos humanos abutres que ainda enxameiam as sociedades. Estou a pensar na corrupção a todos os níveis e nos ordenados escandalosos que por aí se pagam, quer em Empresas publicas quer privadas. Sim terá que haver forma de estabelecer tectos, de acabar com escândalo. É urgente inventar formas de neutralizar esse tipo de abutres que desempenham funções de responsabilidade muitas vezes em áreas para que não têm competência. Sim acredito que sociedade venha em que o dinheiro não seja endeusado, como tem vindo a ser no sórdido espectáculo a que há muito temos vindo a assistir. Sim, porque ele (o espectáculo)não é só de agora.

Antonius

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